O consumo de energia de tecnologias da informação e comunicação (TIC) representou em 2018 cerca de 3,7% das emissões globais de gases de efeito estufa (GEE) e segue aumentando a um ritmo de 9% ao ano, conforme estimativa no “think thank” francês The Shift Project.
A informação faz parte do relatório “TICs enxutas – rumo à sobriedade digital”, recém lançado pelo grupo. O estudo foi elaborado por um painel de especialistas que avaliou os impactos ambientais das tecnologias digitais, no contexto da digitalização, e o crescimento rápido nos fluxos de dados e nas bases de terminais instaladas.
Para o Shift Project, a transformação digital tem papel decisivo no crescimento da pegada de carbono das TICs. O grupo faz um alerta para o fato de que a miniaturização dos componentes levem as pessoas a não perceber o impacto que o digital pode ter sobre o ambiente.
O relatório traz quatro conclusões:
1. A intensidade energética da indústria digital está crescendo cerca de 4% ao ano no mundo, em contraste com a tendência global, que vem declinando 1,8% por ano.
O consumo energético direto de cada US$ 1,00 investido em tecnologias digitais aumentou 37% desde 2010. As emissões de dióxido de carbono equivalente (CO2e) do setor digital aumentaram em cerca de 450 milhões de toneladas desde 2013 nos países da OCDE (Organização para Cooperação e Desenvolvimento Econômico), na medida em que as emissões gerais caíram 250 milhões de toneladas em todo o mundo no mesmo período.
2. A tendência de consumo digital excessivo não é sustentável por conta da energia e das matérias-primas necessárias para a produção e operação desses equipamentos.
A transição digital atualmente gera um aumento forte na pegada de carbono do setor de TIC, que inclui a energia necessária para a produção e o uso dos equipamentos (como servidores, redes e terminais), que vem crescendo rapidamente ao ritmo de 9% por ano.
A parcela de emissões de GEE correspondentes às tecnologias digitais aumentou pela metade desde 2013, passando de 2,5% para 3,7% das emissões globais. A demanda por matéria-prima, especialmente metais raros e críticos, para produção de equipamentos também vem crescendo.
3. O consumo digital atual é altamente desigual.
Em 2018, o consumidor norte-americano médio possuía 10 dispositivos conectados e consumia 140 gigabytes de dados mensalmente; já o indiano contava apenas com um dispositivo e dois gigabytes de dados – uma diferença de 70 vezes entre os dois mercados.
O consumo digital excessivo não é um fenômeno global: ele é causado por países de alta renda, que consomem mais dispositivos digitais e mais energia para sua operação.
4. O impacto ambiental da transição digital pode ser administrável se o consumo for sóbrio.
Para o The Shift Project, se mudarmos nossa relação com as tecnologias digitais, do consumo excessivo para a sobriedade, seria possível limitar o aumento de consumo de energia de TIC em 1,5% por ano. No entanto, a sobriedade não é suficiente sozinha para reduzir os impactos ambientais da tecnologia digital.
“Nosso relatório traz evidências para as empresas de que sua transição digital não é automaticamente compatível com suas metas de mitigação da mudança do clima”, explica Hugues Ferreboeuf, diretor do grupo de trabalho responsável pela publicação do The Shift Project. (Com assessoria de imprensa)
A empresa pretende vender seus patinetes para empreendedores locais, que vão arcar com todos os custos de operação e manutenção; a Bird funcionará como uma espécie de mentora e ficará com uma
porcentagem de 20% do preço de cada viagem
Redação Link
A startup de patinetes elétricos Bird tem um plano interessante para expandir seu serviço para além dos Estados Unidos. De acordo com o site The Verge, a empresa pretende vender seus patinetes para empreendedores locais de outros países, que vão arcar com todos custos de operação e manutenção. Do outro lado, a Bird funcionará como uma espécie de mentora, oferecendo conselhos, suporte técnico e acesso à sua tecnologia - para isso, ficará com uma porcentagem de 20% do preço de cada viagem. A estratégia é chamada de Plataforma Bird.
A empresa revelou o plano da Plataforma Bird em novembro do ano passado, mas não havia especificado que o serviço seria oferecido para empreendedores foram dos Estados Unidos e da Europa, onde a startup já opera. A Bird pretende inicialmente oferecer a plataforma para três mercados: Nova Zelândia, Canadá e América Latina.
Por meio da plataforma a Bird pode inspirar a criação de novas empresas de patinetes, que não vão ser suas concorrentes - já que a startup vai vender seus patinetes e ganhar uma fatia do
faturamento. A Plataforma Bird também permitirá que a empresa acompanhe de perto a disseminação de patinetes em cidades de todo o mundo.
Segundo a reportagem do The Verge, os patinetes serão entregues ao empreendedores locais com toda a tecnologia da Bird pré-instalada, incluindo GPS.
O plano da Bird é semelhante ao do Uber, que expandiu seu serviço pelo mundo deixando os custos nas mãos dos motoristas e oferecendo a eles a tecnologia da plataforma - e, é claro, pegando uma porcentagem do preço da viagem. Travis VanderZanden, atual presidente executivo da Bird, já trabalhou no Uber.
A estratégia é interessante para o mercado de patinetes elétricos. Todas as empresas do setor hoje fecham suas contas no prejuízo, já que o mercado é caro e difícil. As startups enfrentam problemas como vandalização dos veículos e impasse com regulamentações locais.
A Rússia, grande produtora de recursos naturais, planeja se unir a Luxemburgo na busca de minerais no espaço, disse a vice-primeira-ministra russa Tatyana Golikova nesta quarta-feira.
15/01/2013 REUTERS/NASA/JPL-Caltech/MSSS/Handout
Foto: Reuters
A mineração espacial tem sido domínio da ficção científica, mas um punhado de empresas e governos estão buscando a ideia de torná-la uma realidade. O pequeno Ducado de Luxemburgo tornou-se o primeiro país a adotar regulamentações legais relacionadas à mineração no espaço, inclusive de asteróides.
"Em janeiro, oferecemos a Luxemburgo um acordo-quadro de cooperação no uso da exploração (mineração) no espaço. Esperamos uma resposta de Luxemburgo", disse Golikova, parte de uma delegação russa liderada pelo primeiro-ministro Dmitry Medvedev.
A mineração comercial em outros planetas ou asteróides ainda é uma perspectiva distante, difícil, entre outras coisas, pelos desafios técnicos de como trazer grandes quantidades de minerais de volta à Terra.
O foco dos empreendedores que buscam minerar no espaço é usar os minerais para criar postos de gasolina interplanetários que irão construir, apoiar e abastecer colônias em Marte.
Metais como ferro, cobalto e níquel são abundantes em asteróides e componentes críticos de veículos espaciais. Metais do grupo da platina, também abundantes, podem ser usados para circuitos
internos e eletrônicos.
A lei espacial é dominada pelo Tratado do Espaço Exterior de 1967, escrito e ratificado na época da Guerra Fria e, portanto, rigoroso na proibição de armas de destruição em massa no espaço, na Lua ou em qualquer outro corpo celeste.
Golikova disse que ainda é cedo para falar sobre cooperação direta nessa esfera, que ainda carece de um marco legal.
Até agora a primeira missão de testes da nova cápsula Dragon da SpaceX tem sido um sucesso retumbante, mas um grupo em especial não está nada satisfeito, e chegaram a demonstrar isso, em um raro momento de emoção: Os russos.
Eles estavam em uma posição bem confortável. Com o fim do programa do ônibus espacial a NASA passou a depender 100% dos russos para levar e trazer astronautas para a Estação Espacial Internacional, isso provocou uma inflação do custo das viagens que beira o absurdo. Charles Simonyi, da Microsoft pagou US$19 milhões para voar numa Soyuz e conhecer a Estação Espacial Internacional. Ele aliás a visitou duas vezes, em 2007 e em 2009, mostrando que a nova geração de bilionários geeks têm outras prioridades para gastar seu dinheiro, sem ser com mulheres rápidas e cavalos lentos.
Esses bons tempos acabaram quando o Shuttle se aposentou em 2011, e hoje a NASA tem que pagar US$90 milhões por cada astronauta que manda pra ISS. Esse dinheiro é maior do que o custo de produzir e lançar o foguete e a Soyuz. Os russos viajam literalmente de graça, a NASA está basicamente bancando o programa espacial deles.
Agora com a SpaceX (e futuramente a Boeing) essa mamata vai acabar, e a ROSCOSMOS está vendo sua fonte de renda ir pro espaço, se me permitem a expressão.
Os russos eram tão marrentos que depois de uma confusão quando o Congresso dos EUA percebeu que os foguetes americanos usavam motores russos e levariam anos e bilhões de dólares para desenvolver uma alternativa própria, Dmitry Rogozin, chefe da ROSCOSMOS soltou:
“Depois de revisar as sanções contra nosso programa espacial, sugiro aos Estados Unidos que mandem seus astronautas para a Estação Espacial usando um trampolim.”
Claro que depois os motores voltaram a ser vendidos, mas os russos continuaram a olhar feio, e isso culminou com o twit enviado após a chegada da Crew Dragon à ISS:
A mensagem congratulava a NASA, ignorando completamente a SpaceX e Elon Musk, e ainda vinha com uma estranha parte falando sobre a segurança, que deveria ser prioritária. Mais tarde eles publicaram uma versão em inglês, sem a parte da segurança mas de novo sem mencionar a SpaceX.
Alguns disseram que o argumento para a omissão era que a nave havia sido encomendada pela NASA, mas não colou. Também ficou estranho os russos reclamarem que a ISS foi "invadida" por forte contaminação de isopropanol, quando os sensores detectaram somente um mínimo além do normal, facilmente removido pelos filtros ambientais, e na prática provavelmente foi o estagiário da SpaceX que usou álcool isopropílico demais para lustrar o interior da nave.
Quem botou o dedo na ferida mesmo foi Vadim Lukashevi, um engenheiro espacial russo que foi demitido por não concordar com os rumos que a ROSCOSMOS estava tomando. Ele falou em entrevista ao Ars Technica que os russos estão ressentidos. A Soyuz é uma nave totalmente obsoleta, projetada nos tempos de Sergey Korolev, mesmo a nave chinesa se baseou nela mas foi reprojetada do zero, e a Dragon está em outro nível.
A Soyuz leva 3 pessoas neste nível de conforto:
Já a Dragon está configurada para quatro tripulantes, mas tem espaço interior para levar até sete, com razoável conforto:
O desespero dos russos foi tão evidente que eles sequer autorizaram a Dragon a acoplar com a Estação, mandaram vários impedimentos formais, devidamente ignorados pela NASA. Não duvido nada que reclamem até da Terrinha de Pelúcia, o Indicador de Microgravidade de Alta Tecnologia que a SpaceX mandou na Dragon e foi sequestrado pelos astronautas, e agora habita a Estação:

Recurso funciona de forma semelhante ao Waze, onde usuários são responsáveis por reportar os avisos
O Google Maps começou a liberar um recurso que exibe a localização exata de radares de velocidade nas pistas e avenidas das cidades. A função é gratuita e faz parte da última atualização do serviço.
Em novembro do ano passado, a companhia começou a testar o recurso semelhante ao que o Waze oferece. Mas agora, a novidade finalmente começa a ser liberada. Segundo o site Android Police, mais usuários começaram a notar a presença do recurso no Google Maps.
Como funciona - Toda vez que o condutor estiver próximo a um radar, a plataforma deixará o equipamento em destaque. Além disso, os radares poderão ser visualizados ao ampliar o campo de alcance do mapa - eles são representados por uma câmera dentro de um círculo laranja.
Outra característica da última atualização é que o Maps também avisará quando houver obras na estrada. Neste caso, o app também adota a mesma prática do Waze, em que os próprios usuários da ferramenta fazem as postagens informando sobre os alertas. Ao identificar um envio expressivo de um mesmo acontecimento, o Maps então faz a atualização em tempo real.
Da mesma forma como acontece no Waze, são os próprios motoristas que utilizam o Maps que serão responsáveis por enviar avisos sobre o que encontram em seus trajetos, tornando assim a ferramenta mais colaborativa. Até então, o Google Maps dependida de fontes oficiais ou do banco de dados do Waze para exibir informações na plataforma.
Por enquanto, os novos recursos estão sendo liberados gradativamente para os usuários do Google Maps nos tablets e smartphones, inclusive aqui no Brasil. O aplicativo pode ser baixado em
dispositivos Android e iOS.










